quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Psicossomática

Quando começamos a entender as pessoas como seres formados pelos aspectos biológicos, sociais e psicológicos, percebemos que as doenças também devem ser compreendidas dessa forma. Toda doença tem repercussões, aspectos psicológicos e sendo assim, podemos dizer o aspecto PSICOSSOMÁTICO da doença. Nossa mente unida com aquilo que fazemos e com as condições do nosso corpo pode desencadear doenças e inevitavelmente, TODA doença provoca alterações nas nossas emoções. Muitas vezes mexem tão profundamente que mudam nosso modo de viver e “ver” a vida. Passar por certas doenças faz com que repensemos o que é realmente importante e tem valor. A psicologia não oferece “curas milagrosas” para as doenças, mas ajuda a entender a totalidade da pessoa que está acometida de uma doença. Entendendo essas particularidades, possibilita o aumento das chances de melhora da mesma e até mesmo da qualidade de vida do paciente. A questões emocionais estão relacionadas a todas as doenças porém, temos que ter o cuidado em lembrar que elas não são necessariamente a causa das doenças. Essas questões emocionais podem ser a causa, conseqüência, fator agravante ou aquele que proporciona a melhora do quadro. É possível dizer que a Psicossomática é um entendimento sobre a saúde, o adoecer e as práticas de saúde envolvidas nos tratamentos das doenças. Já é sabido que quando nos mantemos sob estresse, nosso sistema imunológico piora e assim nos tornamos mais propensos a adoecermos. É como se baixássemos as defesas do nosso corpo. Com a psicologia, observamos a linguagem do nosso corpo. A doença pode ser entendida como um “grito” desse ser que sofre. O entendimento psicológico do corpo pode nos ajudar a prevenir as doenças, a tratá-las (lidando da melhor forma ao estar doente) e o que é possível aprender após passarmos por um adoecimento. Atualmente já podemos trabalhar com as mais diversas doenças, desde alergias ao câncer, passando por doenças cardíacas, estomacais e todas as demais. A partir deste conhecimento a psicologia hoje está sendo cada vez entendida como necessária dentro dos hospitais e dos sistemas de saúde por possibilitar um melhor tratamento dos pacientes, aumento da qualidade de vida, redução do tempo das internações, redução da utilização de todo os sistemas de saúde pelos pacientes crônicos devidos as melhoras conquistadas com a conscientização sobre as doenças entre muitos outros benefícios. Portanto cuide das suas emoções para não adoecer. Preste atenção nas suas emoções, nos seus sentimentos! Isto interfere diretamente em sua saúde. Se estiver doente analise o que está envolvido nisso, seus sentimentos negativos, seus apegos, sua ansiedade, o seu desejo de se curar ou o quanto não está feliz em viver. Ter alegria, bem estar e sentimentos positivos vão ajudar no seu tratamento. Ao passar por uma doença, questione quais são as lições que passar por isso pode te mostrar, o que você tem que aprender com isso tudo. Sua mente pode ser um ótimo remédio!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O que te interessa?

Como funciona o nosso interesse? O que faz interessarmo-nos por uma ou outra coisa? O interesse é uma determinação psíquica ligada a várias instâncias da nossa mente. Inevitavelmente o interesse é ligado ao juízo, sendo assim, aquilo que nos interessa pode trazer benefícios ou causar mal. Também definir o que nos interessa vai delimitar facetas da nossa condição moral. O interesse é diferente da motivação, ele vai além dela. A motivação é a força que nos move. O interesse já envolve uma escolha, o empenho, força de vontade, em função de um objetivo. O interesse é a capacidade que faz as descobertas acontecerem, o mundo evoluir, mas se o interesse não for bem usado, pode nos machucar ou mesmo nos destruir. A curiosidade em responder as questões é que faz e fez as pessoas pensarem e agirem buscando compreender e modificar o mundo conforme aquilo que desejam. Na sua composição, aquilo que nos interessa sempre envolve o valor que damos a uma questão, por que ele está diretamente ligado a função mental do juízo crítico. Para entender como o interesse é despertado nas pessoas, citarei algumas áreas para exemplificar a situação. No caso da educação, vemos e ouvimos muitas discussões entre os professores para despertar o interesse em seus alunos nas matérias e temas apresentados. Nesse âmbito, é mais simples conseguir isso trazendo questões atuais, do cotidiano do aluno, para que a informação transmitida faça sentido para ele. Deste modo é mais fácil ele perceber o valor daquela informação. Em física, química, biologia, os alunos gostam muito das feiras de ciências por conseguirem se envolver com a matéria, testando em experimentos práticos as teorias apresentadas. Na educação de adultos, vemos aulas de português e matemática descrevendo situações do cotidiano dessa pessoa. Vemos o bom exemplo da educação experimental trazendo muitos benefícios por conseguir despertar-lo. O Interesse está ligado ao prazer. O prazer é o motivador que nos fará buscar algo que possa ser satisfatório. Sendo assim, na educação, resolver problemas que “façam sentido na vida do aluno” torna-se prazeroso para ele e o fazer permanecer interessado no tema. Em um espectro psicológico maior, o interesse está totalmente ligado em como formamos nosso caráter. Aquilo que nos interessa pode determinar o limite de sermos uma pessoa ética ou não. Como já disse, nossos interesses estão diretamente ligados aos valores que damos as situações. O interesse individual pode ser positivo quando buscamos melhorias e crescimento sem prejudicar aquele que está a nossa volta. Quando você deseja algo, você deve perceber os limites dessa ação. Buscar algo a qualquer custo, certamente causará mal à outras pessoas. Nas amizades vemos isto de diversas maneiras como: a pessoa se aproxima da outra por gostar dela e desejar a sua amizade. Isto é um interesse positivo; agora se a pessoa se aproxima de alguém para conseguir se aproximar de uma outra pessoa, sem valorizar a primeira, pode simplesmente estar USANDO esta primeira. Quando a pessoa “faz amizade” com outra de fora da cidade só para conseguir ter onde ficar (amigo hotel), quando cria esse vínculo com alguém só por que ela tem carro (amigo táxi) ou por aquele que traz benefícios financeiros (amigo caixa eletrônico) são interesses num aspecto negativo. No interesse individual, devemos buscar temas que nos faça crescer, evoluir dentro de uma ética. O importante é não ultrapassar o limite da outra pessoa, o respeito. Buscar aprender sempre, ter a nossa mente aberta a um mundo que não se limite ao nosso ego. Devemos também aprender a diferenciar o que são questões de interesse particular e interesse público. Quando a pessoa exerce um papel que representa outras pessoas, ela não deve se apegar ao que é interessante pessoalmente mas ao que interessa a maioria dos que ela representa. O bem comum é o valor que deve estar envolvido nas escolhas daquilo que é interessante ao público. Esse conceito do que é público permeia tanto cargos como gerentes, diretores empresariais assim como aqueles que estão envolvidos politicamente. Sempre que represento outras pessoas, o meu desejo, o meu ego não é a primeira instância a ser satisfeita e sim o desejo da maioria / daquilo que represento. Portanto, o interesse é algo que deve ser olhado com muito empenho. Nem tudo que é estimulante e motivador, deve ser transformado em objeto de interesse e assim desenvolvido. Nem tudo o que desejamos nos é permitido realizar. Repense seus interesses e objetivos, veja quais estão fazendo você evoluir como pessoa. Veja se você não está desperdiçando tempo, energia em algo que não tem valor de fato. Não use o interesse à te prejudicar ou prejudicar outras pessoas. Evolua sempre! A psicologia está aqui para nos ajudar! Kely Schettini