quinta-feira, 24 de março de 2016
Esquizofrenia
Muito pouco é falado sobre a esquizofrenia. Debater sobre esse assunto esbarra em lembrar-se de toda uma trajetória de preconceito e violação dos direitos humanos das pessoas que sofrem de doenças mentais graves. Essa doença apresenta sintomas sérios, que são considerados por muitos como “assustadores” e até “demoníacos”.
Por seus sintomas, pacientes acometidos por esses, eram durante a Idade Média, considerados sobrenaturais, onde eram realizadas de expulsões demoníacas, chegando até serem mortos (muitos chegaram a ser consideradas bruxas e queimadas em fogueiras). Somente muito mais tarde os cuidados humanitários começaram a ser fornecidos as pessoas acometidas desses males. Vale lembra que o médico psiquiatra Philippe Pinel, em 1972, ordenou que os pacientes de seu hospital fossem desacorrentados e que tivessem melhorias em seus alojamentos – a expressão estar “PINEL” originou-se dele para se referir a alguém que não esteja em plenas condições mentais.
Ainda hoje lutamos muito contra os preconceitos e a melhoria no tratamento desses pacientes.
Os sintomas da esquizofrenia podem estar relacionados a:
• Alucinações: auditivas (ouvir vozes), visuais (ver coisas ou pessoas), somáticas (sentir “no corpo” dormência, queimaduras, dores), olfativas (sentir cheiros que não são reais);
• Delírios: são idéias sobre situações ou pessoas que não são reais como estar sendo perseguido ou vigiado;
• Processos de pensamento alterado: a pessoa não consegue manter uma linha de raciocínio, fugindo da idéia central, associações que não tem conexão;
• Alterações de humor;
• Alterações do comportamento motor;
Esses sintomas tendem a aparecer com mais freqüência, no final adolescência e início da fase adulta.
Quando é identificada essa patologia, inevitavelmente, se faz necessário o tratamento medicamentoso, o acompanhamento psicológico e atendimento com terapias ocupacionais. Existem diferentes intensidades dos sintomas que devem ser bem vistos.
Com um tratamento adequado, aceitação e colaboração da família, onde esta tenha conhecimento da doença, seus sintomas e a orientação para como lidar com as situações enfrentadas, aquele que é acometido da esquizofrenia pode ter uma qualidade de vida muito boa. Trabalhar, namorar, casar... nada o impede se tratado de forma adequada (salvo casos extremamente severos). Porém um dos grandes problemas é justamente essa aceitação e entendimento, o preconceito relacionado a essa doença, faz com que o próprio paciente de recuse a aceitar que é acometido por ela e dificulta totalmente o tratamento, assim como a família que nega e não aceita a situação.
Muitas vezes esse preconceito auxilia para que as crises não sejam controladas no início, chegando as situações onde se torna necessária a internação do mesmo, para a sua própria segurança assim como daqueles que estão próximos.
Não podemos falar em cura, mas podemos sim ter controle dos sintomas.
Essa pessoa e todos aqueles que estão em sua volta necessitam de muito carinho, compreensão e conhecimento sobre a situação.
Se enfrentar algo do tipo, não esconda! Busque informação e tratamento, pois a qualidade de vida de todos envolvidos melhora muito com isso.
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