sexta-feira, 28 de junho de 2013

Angústias do final do ano!

O fim de cada ano traz um sentimento angustiante, às vezes sentido como um vazio, outras tantas como frustração. Muitas pessoas chegam a ficar deprimidas nesta época, o que é muito comum nos consultórios de psicologia. Diversas pessoas chegam dizendo frases como “não suporto esta época do ano’, “é uma falsidade total”, “me sinto sozinho”, “me dá um nó na garganta, não consigo me sentir feliz igual a essas pessoas”, “queria que essa época não existisse”, enfim... Mas por que isso acontece? Por que temos esses sentimentos? O final do ano é simbólico no sentido de “encerramento de um ciclo”. Quando estamos encerrando um ciclo, costumamos avaliar como foi. Questionamos metas que nos impusemos, aquilo que conquistamos e o que não atingimos. Esses pensamentos podem ser conscientes ou mesmo inconscientes. As dores são mais evidentes para aqueles que tiveram brigas em família, dívidas, metas não atingidas, decepções amorosas, problemas no trabalho, dificuldades com a saúde. Atualmente, vemos na mídia, nas propagandas, pessoas sorrindo, compartilhando uma felicidade quase que exacerbada. Essas ações ajudam a aumentar ainda mais esses sentimentos dolorosos e as frustrações sentidas. Chegam a proporcionar, para muitas pessoas, até um sentimento de raiva dessa época do ano. Então, como lidar com isso? Todo encerramento traz consigo a elaboração de um LUTO. É natural sentir a dor daquilo que já não é mais... daquilo que já se findou. Devemos pensar sim naquilo que nos frustrou, no que não conseguimos, no que erramos. Será, porém, que não estamos confundindo metas com sonhos? O que realmente eu tracei como OBJETIVO e TRABALHEI para atingi-lo? É um momento para pensarmos em como estamos lidando com a nossa vida, com aquilo que desejamos. Será que estamos esperando que o “outro” nos proporcione as conquistas que queremos? É comum ouvir no consultório frases como: “Se Deus quiser, eu vou conseguir... Se o governo melhorar, aí sim conquistarei. Se minha família entendesse, aí sim eu seria feliz...” Enquanto colocarmos a responsabilidade de sermos felizes NOS OUTROS, sempre existirá uma ENORME possibilidade de nos frustramos. Também devemos nos conscientizar do que realmente é uma meta, um desejo possível de ser realizado e organizar os passos para que isso seja atingido. Não adianta nada somente DESEJARMOS! Eu até brinco no consultório dizendo: “Quero ter um carro novo, uma casa boa, poder viajar, ter saúde!” Mas só querer não adianta. O que será que EU tenho que fazer para conquistar? O final do ano é um momento onde podemos repensar quais estão sendo nossas atitudes para atingir aquilo que desejamos e, aí sim, INICIAR um novo ciclo – o ANO NOVO com outra postura, com metas reais, consolidando as ATITUDES que devemos tomar para que elas sejam conquistadas. FELIZ FINAL DE ANO A TODOS E UM ANO NOVO COM MAIS CONSCIÊNCIA DO QUE TEMOS QUE MUDAR EM NÓS PARA NOS SERTIMOS MAIS REALIZADOS E FELIZES!

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